Almoço
Ficaram em silêncio durante todo o almoço, ela bem
que tentou falar no início, mas o que ele mais queria era ficar calado.
Ficaram, portanto, ambos. Nunca imaginara que seria assim, mas também não
poderia ter sido melhor. O silêncio - era impressionante como dizia.
Permaneceram olhando nos olhos do outro, e
descobriram tantas coisas. Por diversas vezes riram, era como se fossem
próximos, muito próximos há muito tempo.
Havia cumplicidade entre eles, respeito e... amor.
Sim, eles se amavam se amavam como Romeu e Julieta, como o Sol e a Lua, como o
Céu e o Mar. Um amor puro e verdadeiro, mas difícil, muito difícil. Em verdade,
o amor em si não era difícil, era muito simples de fato, o que o dificultava
eram as circunstâncias e os preconceitos típicos do ser humano.
O homem é um bicho engraçado – passa a vida toda
procurando por algo e quando encontra coloca um monte obstáculos. Ela esperava por ele desde muito nova, talvez
desde outras vidas. Ele sabia, não com a mesma convicção dela, mas sabia que
iria encontrar alguém. E então finalmente se encontraram. E agora José?
Desfecho
José talvez não soubesse nem eles sabiam. No início,
quase estragaram tudo, como muitos fazem, mas talvez já houvessem errado demais
e resolveram acertar agora.
Encontraram-se mais vezes, os primeiros almoços foram
perfeitos, depois a fala entrou e estragou. Não se viam mais. Falaram umas duas
vezes por telefone em um mês, mas não aguentaram ficar afastados por muito
tempo, se viram e se amaram. Prometeram que não estragariam tudo por orgulho e
preconceito, prometeram valorizar apenas o lado bom do outro, afinal eles se
faziam tão felizes.
E assim,
termina o começo da história deles.
Fim.
Fim.
BCC
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