quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Há 26 anos...


Há 26 anos nascemos ela e eu. Eu nasci como sua filha, ela nasceu como minha mãe, e ser mãe é sem dúvida a missão mais linda que ela exerceu, exerce e exercerá por muito tempo. Acho que em verdade, ela não é só minha mãe, ela é mãe de muitos. Explico, ela o tipo de pessoa que todos deveriam e gostariam de ter por perto, é do tipo que move montanhas para te ajudar, que tira a própria roupa para não te deixar com frio, que passa fome para que você não passe.

Ela o tipo raro, raríssimo de pessoa que ama incondicionalmente, o tipo de pessoa para qual não há dificuldade, nada, nada mesmo é impossível. Ela está sempre pronta, disponível para o que precisar, ela é aquela pessoa que você sempre pode contar, que sempre terá uma palavra amiga, um conselho, um sermão, ela é aquela pessoa que tem mil braços, que carrega tudo, que tem a força de um touro, um não, vários, mas que tem a delicadeza do melhor cafuné e carinho do mundo, aquele tipo de pessoa que mesmo sem ter recebido o bem, o amor, a paz e o reconforto faz questão de transmitir tudo isso a quem encontra.

É o tipo de pessoa que não existe, se não nos nossos sonhos mais lindos e iluminados, e por falar em luz, além de tudo isso, ela leva luz aonde vai, nenhum lugar consegue ser sombrio com ela por perto, ela é o tipo de pessoa que te faz rir, que te faz chorar de tanto amor, é aquele tipo raro que você quer guardar em um potinho, um não, muitos, porque você quer multiplica-la para nunca a perder. Não, você nunca nunca vai querer perde-la. Ela é o tipo de pessoa que não se perde, é o tipo que ajuda a você se encontrar, é como uma estrela guia, como um farol que ilumina o caminho de quem passa por ela.

E ela é assim com todo mundo, não só comigo que nasci da sua barriga, que escolhi sua alma para ser minha melhor amiga a mil anos atrás. Ela é incrível com todos, e isso a torna ainda mais incrível e rara. Mas eu tenho a sorte, a sorte grande de ter nascido a 26 anos nela, com ela, por ela. Ela também nasceu como minha mãe, e não sei se ela era tudo isso antes ou se aprendeu com esse amor maior que é ter um filho a ser mãe, não só minha, mas de muitos.

Não importa, em verdade, quando foi que ela se tornou o que ela é, importa ela ser assim, importa ela se perceber assim, se amar assim, se entender assim.  E se valorizar, porque sem ela, eu não estaria aqui, porque sem ela o mundo seria um lugar menos bom, muitas pessoas não teriam em quem se inspirar, eu não teria quem amar desse jeito, não haveria tanta alegria, tudo seria deixado para depois, e depois não existe. Nada então existiria como é. Sem ela o mundo perderia parte de sua graça e encanto.

Há 26 anos, nascíamos ela e eu, e como sou grata por isso, como agradeço ao universo, como agradeço a ela, ao meu paizinho querido, ao encontro de alma dos dois, ao nosso encontro de alma de família, família linda que eu mais amo no mundo.

Que nosso amor seja infinito, assim com o dia em que eu nasci no mês das flores, num dia de sol que brilha como ela.


07.11.2017 um dia antes de nascermos.
BCC

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