A
mim não importava que a porta batesse, seria um barulhão, é verdade, mas nada
demais. Mas a ela, minha Nalinha, deitada esparramada no chão do quarto,
dormindo acordada preguiçosamente, a ela o barulho seria terrível, consigo
vê-la pulando e quase alcançando o céu, por muito menos ela se assusta e salta
exageradamente de onde dorme. A ela o susto seria formidável, então quando vejo
a porta se movendo em direção ao batente com o vento incentivando seu movimento
rápido e preciso, salto meio sem jeito da cama e corro para evitar o
inevitável. Nala me olha um pouco assustada, mas não a ponto de se levantar de
seu caprichoso descanso, olha-me nos olhos como que perguntando “o que foi?
Preciso me exaltar? O que foi Bubu?”. Não tenho tempo de responder, chego a
porta quase a ponto de não evitar seu sobressalto, mas consigo! A porta não
bate, e Nala está a salvo de um grande
susto, deitava estava deitada continuou, abaixo-me agora livre de perigos, e
faço um carinho em seu corpinho macio, ela relaxa ainda mais e ensaia fechar os
olhos, o pequeno susto de me ver levantar correndo e o meu esforço até a porta
valeram a pena, a pequena preserva sua paz – dos sustos o menor.
BCC
15.03.2018
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