I.
Ele era delicado, característica
que poucos admiram e muitos julgam negativamente. Mas a mim isso não
incomodava, pelo contrário eu apreciava muito seu jeito, é claro que entre nós
não poderia ocorrer nada além de um beijo, e não aconteceu.
Ele era especial, porém, não por
esse ou por outro motivo, mas porque gostava da arte e mais do que isso a
entendia.
Entendia, assim a mim, privilégio
esse, concebido a poucos.
Muitas vezes eu mostrava para ele
meus escritos, muitas vezes cantávamos e dançávamos juntos.
Sim, ele era especial, conseguia
enxergar o que muitos não conseguiam, o que eu mesma não conseguia.
Conseguia enxergar, enxergar o
meu coração.
BCC
Continua...
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