sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Baile de carnaval - final


Bia nunca havia pensado em Carol de outra maneira que não fosse profissional, mas gostava muito da chefe, gostava de seu estilo de trabalho, de escrita – ninguém conseguia diferenciar o que escreviam, em termos estéticos e de qualidade literária eram as melhores, se entendiam perfeitamente. Muito embora, Bia nunca tivesse concordado com o estilo de vida da chefe, muito menos com sua maneira ríspida (e pouco ética, em alguns casos) de tratar as pessoas e as situações, ela gostava de Carol, enxergava, de alguma maneira, o ser humano escondido por baixo de todas aquelas camadas de aparência.

E como estavam lindas hoje, o amor faz bem às pessoas às almas e aos corpos – e que corpos – Carol estava com um vestido vermelho com um tom mais fechado, queimado que combinava perfeitamente com sua pele morena e seu lindo cabelo castanho escuro, Bia, mais discreta, mas não menos deslumbrante usava um vestido preto decotado muito elegante que destacava seus belos fios louros, ambas levavam máscara enfeitadas como a de bailes antigos.

Estavam morando juntas há quase um ano e a relação só fazia melhorar, se davam bem em tudo, eram cúmplices na vida e na cama. Bia nunca imaginara que poderia ser tão feliz e realizada com uma mulher, Carol sabia que o sexo podia ser bom, mas nunca havia experimentado o amor nem com homem nem com mulher, Bia foi seu primeiro e único amor de verdade, Carol foi a primeira e única mulher de Bia, juntas ninguém poderia atingi-las, eram apaixonantes e apaixonadas.

Foram para o baile – o primeiro de muitos.

Fim.
BCC

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