Bia
nunca havia pensado em Carol de outra maneira que não fosse profissional, mas
gostava muito da chefe, gostava de seu estilo de trabalho, de escrita – ninguém
conseguia diferenciar o que escreviam, em termos estéticos e de qualidade
literária eram as melhores, se entendiam perfeitamente. Muito embora, Bia nunca
tivesse concordado com o estilo de vida da chefe, muito menos com sua maneira ríspida
(e pouco ética, em alguns casos) de tratar as pessoas e as situações, ela
gostava de Carol, enxergava, de alguma maneira, o ser humano escondido por
baixo de todas aquelas camadas de aparência.
E
como estavam lindas hoje, o amor faz bem às pessoas às almas e aos corpos – e
que corpos – Carol estava com um vestido vermelho com um tom mais fechado,
queimado que combinava perfeitamente com sua pele morena e seu lindo cabelo
castanho escuro, Bia, mais discreta, mas não menos deslumbrante usava um
vestido preto decotado muito elegante que destacava seus belos fios louros,
ambas levavam máscara enfeitadas como a de bailes antigos.
Estavam
morando juntas há quase um ano e a relação só fazia melhorar, se davam bem em
tudo, eram cúmplices na vida e na cama. Bia nunca imaginara que poderia ser tão
feliz e realizada com uma mulher, Carol sabia que o sexo podia ser bom, mas
nunca havia experimentado o amor nem com homem nem com mulher, Bia foi seu
primeiro e único amor de verdade, Carol foi a primeira e única mulher de Bia,
juntas ninguém poderia atingi-las, eram apaixonantes e apaixonadas.
Foram
para o baile – o primeiro de muitos.
Fim.
BCC
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