E o que faço eu numa sexta-feira à noite, uma comum e extraordinária sexta-feira à noite, a última dos meus 29 anos. Depois de um filme italiano com meus pais, vejo uma mensagem-querida convite para ouvir um podcast de Bethânia lendo Clarice e intercalando com blues, a música negra norte-amaricana, que tanto amo, que tudo amo - junto.
Aceito o convite de minha alma e deito em meu quarto com a luz apagada, janela aberta, o negro azul do céu sobre minha cabeça, Clarice em meu coração, Bethânia, abelha rainha, e a música, ah essas músicas, essas mulheres... só amor e uma alegria inexplicável em ser quem sou, em ser mulher, em compartilhar das existências dessas divas que pisaram nesta terra e abrilhantaram o mundo com sua força-poesia, força-voz, força-amor.
De que mais preciso eu, em minha última sexta-feira dos 29 anos?!
BCC
05.11.2021
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