sábado, 21 de abril de 2018

No fundo da mar






Eu não sabia o que fazer, então fiz o que mais sei – escrevi –
e isso me fez completamente bem.

Meu desejo era o de mergulhar o mais fundo que eu pudesse e nas profundezas de meu ser e, talvez, também do seu, encontrar algo que desconheço e que necessito. Algo que quero sem saber porquê, sem saber o quê.

Queria mergulhar tão intensa e profundamente e me sentir completa e rodeada do mar que as águas tomariam todo meu ser e que tudo seria eu e você.

Mas não posso, não agora, agora preciso de ar, preciso voltar a superfície para respirar. Preciso nadar para cima e ver o céu, ah! O céu, meu refúgio ao lado do mar. Preciso de ar, preciso que a luz do Sol me aqueça a alma, me abrace e diga que está tudo bem – eu sei que está – mas preciso da luz dourada a me reconfortar.

Sentir o ar entrando em meus pulmões, me dando fôlego para lutar, para viver, para encontrar o que tem para mim no fundo do mar.

BCC

21.04.2018

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