Eu não sabia o que
fazer, então fiz o que mais sei – escrevi –
e isso me fez
completamente bem.
Meu desejo era o de
mergulhar o mais fundo que eu pudesse e nas profundezas de meu ser e, talvez,
também do seu, encontrar algo que desconheço e que necessito. Algo que quero sem
saber porquê, sem saber o quê.
Queria mergulhar tão intensa
e profundamente e me sentir completa e rodeada do mar que as águas tomariam todo meu ser e que tudo seria eu e você.
Mas não posso, não agora,
agora preciso de ar, preciso voltar a superfície para respirar. Preciso nadar
para cima e ver o céu, ah! O céu, meu refúgio ao lado do mar. Preciso de ar,
preciso que a luz do Sol me aqueça a alma, me abrace e diga que está tudo bem –
eu sei que está – mas preciso da luz dourada a me reconfortar.
Sentir o ar entrando em
meus pulmões, me dando fôlego para lutar, para viver, para encontrar o que tem para
mim no fundo do mar.
BCC
21.04.2018
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