Joelhos no
chão, cabeça e mãos abertas também encostadas no solo. Eu me sinto como uma
árvore que espalha suas raízes por cada dedo, por cada parte minha que encosta
no chão. O centro de minha testa, o ponto frontal de meu corpo capta a energia
do solo, energia revigorante que me lembra que estou materialmente viva, que
sou, neste momento, também um corpo. Um corpo vivo, presente, inteiro, um corpo
que se curva ao solo para agradecer a dádiva da vida numa tentativa de maior
conexão com este que, estando abaixo de nós, é o que nos sustenta a todos.
Como
árvore que cresce em rumo ao céu, sem nunca se esquecer de aprofundar suas raízes
onde tudo começou. O encontro com o solo, com o chão nada mais é do que o
encontro com essas origens. A criança nasce no chão. Tudo nasce do chão.
25.05.2017
No chão(!)
BCC
BCC
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